Segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o ronco atinge 33% da população adulta na cidade de São Paulo. Geralmente, em 90% dos casos, a combinação de ronco frequente e alto com sonolência excessiva durante o dia é sinal de Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), ou seja, a obstrução da respiração por alguns segundos durante o sono. O fechamento da via aérea faz com que a pessoa pare de respirar por um período de, no mínimo, 10 segundos.

Especialistas classificam o grau da doença pelo número de interrupções totais por hora: leves (5 a 15), moderadas (15 a 30) e severas (acima de 30). Para os casos de ronco primário e quadros de AOS leve-moderada, o dentista é o responsável pelo tratamento. O reposicionador de mandíbula e língua tem mostrado bons resultados nos pacientes que sofrem da doença.

Já para os casos mais graves, o tratamento recomendado é a máscara conectada a um compressor de ar (CPAP). O aparelho faz uma pressão de ar que desobstrui a passagem e leva oxigênio até os pulmões. Como a pessoa não abre a boca para respirar, o ronco também é evitado.

Mas como saber quando está na hora de procurar ajuda?

Quando o ronco é frequente, as noites são mal dormidas e o peso está acima do normal, está na hora de buscar o aconselhamento de um profissional. O otorrinolaringologista é o principal profissional procurado para tratar a doenças, mas, hoje, há um esforço multidisciplinar para discutir a AOS, que conta com dentistas, cardiologistas, pneumologistas, neurologistas, entre outros.

Além do tratamento com um profissional, alguns hábitos devem ser evitados por quem “sofre de ronco”:

- Aumento de peso
- Bebidas alcoólicas e com cafeína no mínimo quatro horas antes de dormir
- Dormir de barriga para cima
- Fazer refeições pesadas antes de dormir
- Fumar